Entendendo a Perspectiva da Gravidez Indesejada

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Você se lembra de quando o Piloto Sullenberger (Sully) aterrissou o seu avião no Rio Hudson, salvando a vida de 155 passageiros? A aeronave perdeu os dois motores após passar no meio de um bando de gansos. Apesar de ser um herói, a National Transportation Safety Board-NTSB fez acusações contra ele porque ele não salvou o avião. Durante o julgamento, simuladores de vôo “provaram” que assim que os motores desligaram, ele poderia ter virado o avião e aterrissado em segurança no Aeroporto LaGuardia. A sabedoria dos especialistas criaram “provas” contra a sua escolha. Finalmente, sua voz foi ouvida. Ele concorda que pode ter tido um resultado “perfeito”, porém também dá voz ao fato de os simuladores não levarem em consideração ter o peso de vidas humanas em suas mãos e ter que tomar uma decisão em segundos que afetarão o resto da sua vida. Após isso, todas as acusações foram removidas. É fácil ser sábio quando se está em um faz de conta, mas em momentos da vida real existem outros fatores que controlam e impactam o resultado. 

Eu tenho muita dificuldade em assumir um posicionamento público agressivo contra o aborto; não porque eu não seja a favor da vida, PORQUE EU SOU. Mas eu também VEJO a mãe, não só a criança. Eu sinto vergonha quando vejo pessoas se levantando a favor de uma criança, e ao mesmo tempo machucando ainda mais a mãe. Eu quero te mostrar e te ajudar a entender o porquê uma jovem mãe pode querer por um fim à vida de seu bebê. 

O inimigo ataca situações que chocam o nosso sistema. A conta que chegou no correio, a perda de um emprego, experienciar a raiva de alguém, a morte de alguém amado, etc. Nesses momentos, nossa mente e sistema nervoso estão sobrecarregados. É aí que o inimigo vem e sussurra mentiras que parecem ser verdades. Nós acreditamos nessas mentiras porque temos “provas” que aquilo é verdade (apesar de não ser). 

Quando uma jovem moça se encontra grávida, o choque em si já é paralisante. Muitas ainda estão na fase da puberdade quando suas emoções e pensamentos ainda não estão completamente desenvolvidos. A notícia é como colocar uma manta pesada sobre um filhotinho de cachorro. É muito pesada para aguentar e carregar. “Você não tem idade suficiente,” “Você irá arruinar a vida do seu filho,” “Você não consegue fazer isso,” “O pai nunca vai ficar com você,” “Você está sozinha,” “Você nem tem um carro,” “Você nunca conseguirá um emprego agora que tem uma criança”, e a lista continua. 

A vergonha entra com tudo, levando-as, muitas vezes, a se isolarem de suas famílias e comunidades. Elas tentam carregar o peso sozinhas e precisam criar uma solução com suas mentalidades limitadas pelo medo. 

Agora elas estão em isolamento emocional extremo. Emoções ativam pensamentos e pensamentos ativam emoções. Fica tudo fora de controle e o jogo do “e se” começar a trazer o tormento. 

O medo toma conta quando elas percebem que não conseguem tomar conta nem de si mesmas, muito menos de outra criança. Você se lembra da cena do filme Titanic quando a água estava entrando na cabine e as pessoas estavam literalmente puxando os últimos suspiros no canto da sala antes da água engoli-los por completo? Agora pense nessa pessoa buscando ar com uma criança presa a ela. A inadequação é paralisante e o espírito do medo prevalece. 

Nós temos meninas vivendo em vergonha, medo e isolamento – ferramentas do inimigo que as assolam. 

O movimento a favor do aborto é “artimanha” inspirada pelo inimigo para matar, roubar e destruir a próxima geração. Eles usam o disfarce de “ajuda”, porém é como queimar uma casa inteira para matar uma aranha. Pode até ter resolvido o “problema”, mas deixa cicatrizes profundas por dentro. 

Quando uma jovem mãe se associa à vergonha e ao medo é como se ela estivesse colocando um imã em si. A indústria do aborto está lá para “salvá-las” dessa situação e também tem um imã preso neles. Ambos lados se atraem no mundo espiritual. Não é uma jovem mãe racional e com a mente em paz que está entrando na clínica de aborto; é uma jovem mãe que está sendo influenciada pelo espírito de medo, vergonha profunda e isolamento emocional que está lhe levando até ali. 

Após o aborto, o tormento mental cessa e a poeira abaixa, o que a deixa entender o que acabou de fazer. Ela fica diante de dois caminhos - lidar com a dor da realidade, ou a empurrar para o mais profundo de sua consciência. 

Nós podemos exigir a escolha “perfeita”, mas se não entendermos o que está acontecendo e COMO uma jovem mãe pode ser convencida a por fim à vida que há dentro dela, nós não as ajudaremos a fazer a escolha certa. A batalha não é ganha no mundo físico, mas no mundo espiritual. 

O plano do inimigo é usar o medo, a vergonha e o isolamento para atrair jovens mães a clínicas de aborto, aonde ela voluntariamente coloca um fim na vida de seu filho. O plano de Deus é usar a comunidade, o amor e a aceitação para ajudar a jovem mãe a passar por uma situação muito desafiadora. É nesse momento que verdadeiros pais e mães são necessários, pois a vida literalmente depende deles.